sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Adeus Presuntaria transmontana


A Presuntaria Transmontana é uma referencia gastronómica na cidade de Gaia, é um sitio onde a qualidade esteve acima de tudo.
Sempre soube que é um restaurante caro, nunca fui cliente assíduo, mas uma vez por outro e sempre a que carteira deixava eu deslocava-me lá para comer uma posta de carne á transmontana.

Cheguei ao restaurante e já tinha a mesa pronta, sentei-me de comecei a petiscar uns boquerones, que estavam bem avinagrados, um presunto que devia ser transmontano mas era quase de certeza de trás os montes de Espanha, mas que estava divinal, assim como os enchidos que foram colocadas na mesa.

Foi servido também um polvo de molho verde, muito tenro e saboroso! Ainda comemos uma alheira normalíssima, assim como uns pasteis de alheira que nada acrescentaram de positivo.

Para prato principal pedimos um grelhado misto, com vitela, lombo de porco e javali.. estava tudo muito bom! Carnes bem temperadas, grelhadas no ponto e umas batatas esmurradas simplesmente deliciosas.

A sobremesa funciona como bufet, e vieram para a mesa uma maçã assada, um pão de ló de ovar/ vulgar) e uma tarte de limão que não acrescentava nenhuma mais valia.
No bufet das sobremesas parece que existiam algumas compotas, mas requeijão nem vê-lo.

Pedimos café e conta pagamos 45,8€ por pessoa!!
Ou seja o vinho custou 9.5€ garrafas(vinha da casa), vieram duas garrafas, o prato custou 19€ a sobremesa 7€ e o cesto do pão 3,75€, ou seja de entradas pagamos 43,25€!!! um absurdo!

Eu confesso que fiquei assustado com a conta, costumava pagar na ordem dos 30, 35 € pessoa e de um dia para o outro apanho esta surpresa!
Isto leva-me a concluir que a Presuntaria Transmontana deixou de ser um restaurante para mim e passou a ser um restaurante para turista.
Por isso eu digo desta forma, Adeus Presuntaria transmontana

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O clube do garfo


Conheci este restaurante ainda com a gerência anterior e confesso que evitava ir lá, não por ter má comida, mas por ser desorganizado e ter um serviço lento e pouco eficaz.
Tinha tomado conhecimento através de um amigo que a gerência tinha mudado e que eles estavam a servir picanha de boi Angus.

Entrei e deparei com uma sala luminosa e confortável com uma decoração moderna e agradável.
Depois de sentados foi-nos servido um presunto que por ter sido cortado com muita antecedência estava ligeiramente seco, mas mesmo assim se podia constatar que era de boa qualidade.
Como entretens de boca colocaram-nos á frente uns cogumelos salteados, óptimos, cheios de sabor, umas azeitonas temperadas , uma salada de orelheira de porco em vinagrete fabulosa e uma interpretação de uma punheta de bacalhau que cumpria com mestria.

Para jantar decidimos aceitar a sugestão, e foram-nos servido uns medalhões de boi enrolados em bacon que estavam divinais. A carne de altíssima qualidade, tenra, bem feita e tratada com mestria na grelha! No ponto!
Uma carne de boa qualidade é meio caminho andado para o sucesso! O grelhador depois faz o resto!
Devido á generosidade das doses, não tivemos capacidade para as sobremesas.
Para beber escolhemos um Quinta da Alorna rosé touriga nacional que encaixou na perfeição com a refeição.
Pedimos café e a conta e pagamos 21.5€ por pessoa, justissimo!

P.S. no fim da refeição reparei que não tinha experimentado a picanha Angus, o que me leva a anunciar o meu regresso.

Clube do garfo
Rua conselheiro Campos Henriques 28
Maia
Tel. 22 942 8208

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O serviço


Eu costumo ser uma pessoa critica em relação ao serviço nos restaurantes. Detesto quando os restaurantes tentam ser aquilo que não são, e fico doente quando funcionários sem alguma formação hoteleira tentam mostrar serviço.

Um destes dias num jantar com os meus pais, o funcionário apresentou o vinho, deu a provar e depois encheu os copos até cima... um garrafa quase que não deu para encher os 3 copos. Como é possível que isto aconteça?

Outra situação que aconteceu com um familiar meu, é um funcionário rapar as travessas para os pratos dos comensais, sendo que esse restaurante tinha um serviço á francesa?

Mas por vezes o funcionário também sofre com alguns clientes que não sabem aquilo que querem ou simplesmente não sabem comer aquilo que lhes é servido, conta-se que em Matosinhos ja se viram pessoas a comer camarão da costa de faca e garfo e contaram-me que quando serviram a agua com limão para tirar o cheiro do marisco alguém exclamou:

- Olha limonada!!

Serão mitos urbanos?

Um destes dias, estava eu á espera que me atendessem e ouvi um cliente perguntar:

O Murganheira anda bom?
O funcionário respondeu que a marca lhe dava garantias de qualidade, então o cliente voltou a olhar para a ementa e disse:

- então traga-me uma garrafa de vinho castiço se faz favor...

O funcionário olhou para o cliente com uma vontade de lhe espetar o frapê na cabeça.

Alguns funcionários ganham pela sua honestidade para com o cliente.

Um vez num jantar com o meu pai, estávamos a comer frango e o prato estava muito fraco, o meu pai reclamou e disse que aquilo não tinha jeito nenhum, então o funcionário pediu desculpa, trouxe a ementa e pediu para escolher outro prato, o meu pai pediu uns bifes, ao que o funcionario respondeu:

- Olhe que os bifes ainda estão muito pior que o frango.


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Nos idos de Março



Ryan Gosling, Philip Seymour Hoffman, Paul Giamatti,Jeffrey Wright, Evan Rachel Wood e Marisa Tomei são os actores do novo filme de George Clooney,que alem de realizar também interpreta o papel de um candidato nas eleições primarias norte americanas.

Um filme que relata os bastidores das campanhas eleitorais nos Estados Unidos, que apesar de ser baseado numa peça de Beau Willimon, o filme chega por vezes a parecer uma infeliz coincidência com a realidade.

domingo, 6 de novembro de 2011

Dona Julia


O convite surgiu:
- E se fossemos jantar a Braga?
Respondi de imediato:
- Para mim tudo bem!

E fomos! Fizemos a viagem pela nacional 14 pois a crise não permite esbanjamentos em auto estradas. Chegamos a Braga, e continuamos a viagem, ia bem guiado por isso nunca me questionei pelo destino. Subimos a Falperra e de repente começam as manobras de aproximação ao restaurante. O restaurante fica bem ao lado do Hotel da Falperra, um local muito bonito e cuidado.
Mas o restaurante é em Braga? Não o restaurante é em Guimarães!
Passo a explicar, estacionamos o carro em Braga mas o restaurante fica em Guimarães, um verdadeiro enclave Minhoto.

Entramos dentro do restaurante, encontrei uma sala muito bem decorada, com ambiente de media luz, mas com uma grande ecrã de televisão num dos extremos! Para um restaurante deste nível a televisão era dispensável, mas entendo que muitos dos clientes exigem a presença da mesma.

Como entretens de boca foram servidos, umas costelinhas de porco que estavam deliciosas, uns suspiros de bacalhau acabados de confeccionar, uma tigelinha de tripas á moda do Porto, umas favas com chouriço, uma alheira com grelos que na minha opinião estava cozinhada de mais.
Vieram também umas moelas, que para mim eram dispensaveis, moelas é prato de snack bar e não de restaurante sofisticado.

Para comer pedimos Polvo com arroz de grelos, e um cabritinho assado no forno.
O polvo apresentou-se em grande forma, tenro, bem frito, com uma textura que impressionava os sentidos. Um grande prato.
O cabritinho, foi servido em assadeira na mesa com batata assada bem apresentada. O prato em si tinha um aspecto fabuloso, mas depois na boca pareceu-me que o cabritinho merecia mais um bocadinho de tempero, ainda sabia muito a "unto". Mas qualidade era irrepreensível.

Para sobremesa veio um pudim abade priscos, muito bom e um leite creme que cumpriu sem ser valoroso.
Para beber, pedimos o vinho Grambeira branco para nos fazer companhia com as entradas, mas o vinho soube-nos tão bem que o decidimos manter a refeição toda.
Pedidos os cafés e conta pagamos 24.5 por pessoa preço muito justo para tudo aquilo que se comeu e bebeu.
A repetir sem duvida!

Restaurante Dona Júlia
Via da Falperra (EN 309)
Longos, Guimarães
4805
253270826

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Bétula 2010



Recebi em casa duas garrafas de Bétula 2010!
Um vinho branco, nascido na freguesia de Barrô, a única freguesia do concelho de Resende que pertence á Região demarcada do Douro. O Bétula 2010 nasceu na Quinta do Torgal em vinhas com altitude media de 300m viradas a norte tendo como castas o Sauvignon Blanc apenas fermentado em inox e o Viogner que é fermentado em madeira.
São castas que as admiro a solo, agora em conjunto, confesso que fiquei curioso, surpreendido e feliz por ter alguém que decidiu remar contra a corrente a apresentar algo de novo e fresco no panorama vinícola Português.
Achei melhor colocar o vinho em repouso da viagem que fez até chegar a minha casa, e hoje depois de me certificar que o descanso foi retemperador, trouxe-o para a mesa!

Ao abrir o vinho, a sala ficou inundada de aromas, imensos aromas tropicais e aromas a erva molhada cortada.
Um vinho desafiante!
Na boca apresenta-se mais mineral mas a fruta mantêm-se presente, onde além do ananás, consigo encontrar uma sugestão a pêssego maduro.
Gastronomicamente é um vinho "todo o terreno" (haja imaginação) com capacidade de acompanhar uma boa mariscada, maridagem perfeita com carnes brancas, peixes ou então façam como eu e sirvam-no a acompanhar "finger food" . Um vinho a não perder!
É um vinho com capacidade de envelhecer positivamente mais 3 a 4 anos na garrafa.
Um vinho que estará disponível nas melhores garrafeiras com preço entre os 12€ e os 15€.

Produtor Catarina Montenegro
Enologo Francisco Montenegro

Pizzaria Toni!



Se eu vos disser que um dos melhores sítios para comer pizza no norte de Portugal é em Vila Nova De Cerveira?
O restaurante chama-se pizzaria Toni!
A sala é bonita, com vistas fabulosas para o vale do rio Minho, mas está desactualizada cerca de 25 anos, ou seja ao entrar no restaurante parece que atravessamos a quinta dimensão e recuamos ao passado. Uma sala totalmente fora de moda, um serviço ainda mais fora de moda, mas umas pizzas de comer e chorar por mais.
Gosto da lareira no meio da sala!
Gosto do forno a lenha!
Gosto da qualidade dos ingredientes!
As pizzas são grandes e uma media dá perfeitamente para duas pessoas que comam bem.
Hoje comemos de entrada um pão de alho excelente, uma massa finíssima. Para almoçar optamos por uma pizza á toni, com tudo!
Bebemos agua e coca cola.
Sem cafés nem sobremesa e conta pedida pagamos 18.85€.

sábado, 22 de outubro de 2011

Parabens à garrafeira Tio Pepe


A garrafeira Tio Pepe está de parabéns! São 25 anos de porta aberta a proporcionar á cidade do Porto vinhos fantásticos.
Durante esta semana toda, a garrafeira esteve de portas abertas a dar a provar aquilo que de melhor se faz em Portugal.
Eu estive apenas presente no dia dedicado ao Alentejo, e tive oportunidade de provar os vinhos da herdade da Cavaca Dourada, que mais uma ve
z se mostraram fantásticos! Ainda fomos surpreendidos com um Mouchão de 1984, que estava brilhante, costumo por vezes dizer que existem vinhos que me emocionam, este foi um deles.


A prova continuou e fomos recebidos pelo José da Mota Capitão, um apaixonado pelo campo e pela vinha, que nos presenteou com uma prova vertical dos vinhos Anima, 100%sangiovese...fantástico!!!
Depois ainda provamos um vinho chamado Cavalo Maluco, que segundo o proprietário "è um vinho que é uma força da natureza, e que presta homenagem a todos os "cavalos malucos" apaixonados e desassombrados, que pensam pela sua cabeça e trilham o seu caminho, com paixão e diferença"
Decidi provar mais um ou dois vinhos e olhando para a diversidade e qualidade e existente, foi-me difícil escolher, olhei de relance e vi a figura de Julio Tassara de Bastos e percebi desde logo que não poderia deixar de provar os vinhos da Quinta de Dona Maria.
O touriga nacional mostrou-se exuberante, cheio de fruta cheio de garra, mas ao mesmo tempo cheio de classe. Um vinho a beber!
O reserva da casa, mostrou-se muito concentrado na cor, com fruta a explodir em cada aroma. Na boca mostrou um equilíbrio e uma delicadeza extrema. Um vinho que mostra bem as potencialidades do terroir alentejano.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A Barraquinha

Nem sempre costumo dar segundas oportunidades a restaurantes, mas desta vez coloquei essa minha regra de lado e fui jantar um peixinho á Barraquinha Petisqueira em Angeiras.

A sala é minúscula e sem luxos, mas estava apresentada.

Depois de sentado foi-me recomendado para entrada um prato de gambas cozidas, que estavam muito boas, com uma cor muito viva, embora eu ache suspeite que tenham sido cozidas com cascas de cebola. Para beber optei por uns copos de cerveja.

Para prato principal escolhi umas sardinhas, que chegaram á mesa gordas e a pingar, com aromas ainda a fazer lembrar os santos populares de antigamente. Comer boa sardinha fresca em meados de Outubro é coisa há uns anos atrás parecia impossível.

O serviço mostrou-se simpático e eficaz.

Cafés e conta pagou-se 16€ pessoa.




Morada: Travessa de Angeiras, 13 - Angeiras - Lavra
Telefone: 229 272 017
Horário: Dia de fecho: domingo
Horário: 09,00 h - 23,00h


domingo, 9 de outubro de 2011

Quinta do Cidrô Gewurztraminer 2010


O Douro é fértil em surpresas, a Real Companhia Velha não gosta de ficar atrás.
Desta vez o vinho provado foi uma Quinta do Cidrô Gewurztraminer 2010, uma casta tipica da Alsácia que parece ter gostado do "terroir" duriense.

O vinhos mostrou-se muito intenso de aroma, Cor amarelada, média concentração, doce mas não enjoativo.
Mantém as notas exóticas e baunilha e na boca transforma-se, surge bastante seco e fresco, graças a uma acidez viva.

Um vinho fabuloso... um vinho diferente!



sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Adega Velha


Fazer quase 1000kms para fazer duas refeições???

Isso parece coisa de gente tola, ou então não!

Depois de horas na estrada chegamos a Mourão.
Mourão é uma Vila alentejana nas margens do grande lago Alqueva, que tem tudo para se tornar num porto de abrigo para todos aqueles que vierem para esta zona praticar desportos aquaticos ou simplesmente descansar.
A viagem tinha sido longa e com a barriguinha a dar horas, decidimos rumar ao local do respasto.
O restaurante eleito para o almoço foi a " Adega Velha "


Para comer pedimos cozido com grão, e uma sopa de cação.
Confesso que gostei muito do molho da sopa de cação já o cozido achei mais vulgar, mas estava bom.
Para sobremesa pedimos encharcada e bolo rançoso, duas autenticas bombas caloricas.
Para beber optamos por um branco da casa, que não era grande espingarda. O serviço era simpático em eficaz, sem mordomias mas atencioso.

Durante a refeição fomos presenteados quase de forma obrigatória por um "concerto" de cantares alentejanos que faz com que a refeição se torne ainda mais típica.
É de salientar que o proprietário passeia-se por entre as mesas para petiscar uma azeitona ou bebericar um copo de vinho, e segundo dizem corre maratonas de copo na mão.
Sem duvida um local a visitar sempre que a viagem nos levar para aqueles lados.
Café e conta pedida pagamos 12.5€ pessoa.

Rua Doutor Joaquim Vasconcelos Gusmão 13
Mourão
7240-255 MOURÃO


266586443

When Italia meets Francesinha



Depois de ter ouvido fala da Forneria São Pedro, decidi colocar pés ao caminho e tentar fazer lá uma refeição, a primeira tentativa saiu frustrada pois já não aceitavam reservas, o restaurante estava totalmente lotado... ainda fiquei mais curioso...
Decidi perguntar informações sobre o restaurante no Twiter, todos me disseram maravilhas, inclusive disseram-me que lá se comia a melhor francesinha do mundo e arredores.





Consegui marcar mesa e com ajuda preciosa do GPS lá cheguei ao restaurante Forneria São Pedro.
O local é muito bonito, a sala, muito bem decorada, acolhe-nos bem e proporciona-nos umas vistas fabulosas para o rio Douro.
Ao apreciar a ementa decidi que não poderia comer só a afamada francesinha, mas tinha de experimentar também algo de cozinha italiana, então pedi para entrada uma focaccia de mozarella com oregons e para prato principal lá veio a francesinha em massa de pizza.

Enquanto esperava foi molhando o pão em azeite, coisa que eu pessoalmente adoro e continuei a admirar as vistas. Gaia tem uma grande vantagem em relação a qualquer cidade do mundo, tem uma vista sobre o Porto fabulosa.


A francesinha em massa de piza foi uma desilusão, o molho não era do meu agrado, o recheio não tinha nada a ver com as correntes gastronómicas da francesinha tripeira, contudo é de louvar a interpretação do prato, que apesar de eu não ter apreciado, reparei que muitas pessoas estavam maravilhadas com tal manjar.

Uma nota para o serviço que é simpático e eficaz apesar que devido á densidade das mesas por vezes incomodam os clientes quando passam.
Uma coisa que me incomodou foi o acabamento das mesas, ou seja no restaurante não existem toalhas, mas o acabamento da madeira das mesas é muito puroso o que faz com que as mesas absorvam muita gordura e depois fiquei pegajosas, eu pedi á menina para limpar a mesa por duas vezes, mas mesmo assim a coisa não melhorou, talvez seja melhor de vez em quando raspar as mesas.

Café... conta e 18€ por pessoa.

Irei voltar brevemente ao Forneria São Pedro para deliciar-me com a ementa de influencia italiana, que me pareceu ser de altíssimo nível.

domingo, 18 de setembro de 2011

Em 1987 era assim ....





"Creio no álcool, poderoso criador da formidável carraspana

Creio na aguardente, sua filha concebida por graça do alambique

Nasceu da puríssima cana derramada e sedimentada sobre um casco

E surgiu ao terceiro dia graciosa e triunfante na garrafa

Garrafas destas hão-de vir a nossas casas alegrar farras sem fim

E dar descanço a pobres, ricos, novos, velhos, sejam santos ou diabos"

Tens aqui a letra..

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Pizza!!

A fotografia pode não ser a melhor, mas garanto-vos que esta é das melhores pizzas que alguma vez comi. Confesso que neste dia eu não estava na minha melhor forma, mas esta pizza fez-me quase ressuscitar, a pizza e uma garrafa de Solar dos Lobos reserva 2008.

Quem as prepara é uma "Chef" capaz de fazer corar qualquer concorrente dos concursos gastronómicos da moda.

A massa é fina! A tomatada é fabulosa, e o recheio é de comer e chorar por mais...

Como toque final, usa ervas frescas para lhe dar um aroma fantástico, desta vez foi o manjericão, colhido uns segundos antes.

Um dia, se ela quiser, eu posso dar-lhe umas luzes de como se faz um churrasco, se ela em troca me ensinar um ou dois segredos culinários.

Espantar




quarta-feira, 10 de agosto de 2011

José Cid é um mundo!!

foto roubadissima do facibooki!

Café Caçana - Espantar, Portugal


Era hora do almoço e eu ainda estava indeciso! Não sabia se cozinhava em casa, não sabia se comia só uma fruta, basicamente e como diz o adágio Português, “estava como o tolo em cima da ponte”.

Decidi que ia a Viana, nem que fosse fazer umas compras para depois cozinhar em casa, e lá fui eu… a meio do percurso lembrei-me de uma conversa que tive no twiter sobre café Caçana, que conheci nos idos anos 90, liguei o GPS…25km! Nem era muito! Aí fui eu.

Eu só conhecia o caminho para Espantar pelo meio dos montes, mas agora com o GPS aprendi que se pode fazer a A27 e sair em Lanheses e depois continuar na estrada na Montaria até encontrar a bela localidade de Espantar.

Chegado ao destino, carro estacionado e lá fui eu! Encontro um espaço remodelado, com excelentes condições para receber “peregrinos” esfomeados que por ali passem.

No interior do café as paredes estão decoradas com fotografias de grupos de jovens que orgulhosamente ostentam as grades de cerveja que tinham bebido nesse dia, tivesse eu saúde para poder ter lá também a minha foto, mas quem andou já não tem para andar.

Para petiscar decidi pedir um salpicão caseiro, um salpicão típico da serra D´Arga, ligeiramente picante e na minha opinião com um bocadinho de colorau a mais, mas que estava bem curado e bem apaladado. Seguiram-se uns rojões, pequeninos, bem temperados mas estavam um tudo ou nada rijos.

Serviço esforçado mas muito amador, contudo sempre muito simpático e atencioso.

Acompanhei com água, porque estava sozinho, e o champarreão era servido em doses industriais. Por este almoço paguei 8,85€.

No regresso a casa ouvi por acaso esta musica, que daria sem duvida uma excelente banda sonora para o acontecimento.


p.s. a foto foi roubada do facebook do café caçana

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O Astoria


Depois de uns anos de obras, o palácio da Cardosas finalmente abriu ao publico.
Agora é um luxuoso hotel com vistas fabulosas para a sala de visitas da cidade do Porto, a avenida dos Aliados.

Juntamente com o hotel, os investidores decidiram restaurar o café Astoria, que teve a sua fundação em 1932.

Hoje decidi visitar o espaço, e confesso que adorei!!
Agora a conta é que não foi muito simpática, por 2 aguas um café e mignardises, pagou-se 7,5€.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Um bom Encontro


Situada em S. Lourenço do Bairro, Anadia, a Quinta do Encontro é um exemplo do melhor Wine Tourism que se faz em Portugal.
Fomos lá por sugestão de um amigo que dizia que não precisava de GPS para lá ir, bendita a hora!

Chegamos lá serpenteando por entre vinhas e adegas e de repente encontramos na paisagem o destino pretendido. Encontramos um edifício moderno, saído da cabeça de um arquitecto maiato que conseguiu incluir no mesmo espaço, uma adega, um restaurante, diversos salões e uma esplanada que faz as delicias dos mais exigentes, tudo isto sem encontrar um degrau.

Fomos recebidos com um flute de espumante e tivemos uma visita fabulosa ao espaço, um exemplo a seguir por todos. A visitar, sem duvida!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Alvarinhos Durienses

Comprei duas garrafas de um Quinta do Cidrô Alvarinho, regional terras durienses! Ou seja um vinho Alvarinho produzido em terras durienses.

A 1ª garrafa teve um arrefecimento rápido no congelador, basicamente apanhou um choque térmico e depois foi bebido a acompanhar já nem sei o quê, num almoço demasiado rápido sem que se tenha conseguido apreciar convenientemente o vinho duriense.

A 2ª garrafa esteve cerca de 5 dias no frigorífico, teve um arrefecimento longo, sem pressas, o que na minha opinião é uma grande vantagem para que um vinho tenha todas as suas qualidades bem presentes depois de servido. Foi apresentada a um grupo de amigos e acompanhou um frango tai chi, com a mesma elegância que um príncipe acompanha uma princesa.

O exotismo da casta alvarinho, juntamente com o terroir do Douro fazem uma combinação perfeita, com tudo aquilo que um vinho branco devia ter e ser.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Hoje comi o melhor Cachorro Quente da minha vida!

Já me tinham falado desta casa varias vezes.

Estou-vos a falar da Cervejaria Gazela, casa cinquentenária que fica localizada para os lados da praça da Batalha no Porto.
O sitio é pequeno, com um balcão para 25/30 pessoas, onde 3 pessoas vão fazendo cachorros "non stop". Hoje cheguei quase na hora do fecho, mas mesmo assim fomos recebidos de forma simpática pelo Sr Américo que está na casa à 41 anos.

Os cachorros são feitos de uma forma simples, ou seja metade do pão fica a prensar e a cozinhar a salsicha fresca da salsicharia Leandro, enquanto a outra metade vai ao forno apenas para aquecer.

No final é aplicado um molho por cima da salsicha fresca e é cortado em pedacinhos para ser servido.
Cada Cachorro fica por 2.8€ enquanto o fino fica por 1.1€... sem fome come-se bem 2 cachorros.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Suspirando!


Na minha família existe um culto ao Suspiro!
Um culto onde não existem evangelhos, onde não existem escrituras, um culto onde o rito consiste apenas em pegar no suspiro leva-lo a boca, aperta-lo contra a abobada palatina e esperar que ele derreta...

Depois deste rito surge o comentário final, que apenas é audível quando os suspiros estão menos bons.
Quando os suspiros atingem o grau de excelência, apenas se ouve o silencio e admiram-se as caras de felicidade uns dos outros.

Pode parecer estranho, mas quem os faz procura incessantemente a melhor receita da mesma forma que os templários procuram o Santo Graal. Sem nunca desistir...

terça-feira, 3 de maio de 2011

Terras da Aldeia reserva 2010


Hoje era dia de bola na TV, logo a comidinha vinha do take away!
Para jantar, tinha umas costelinhas na brasa com salada de pimento vermelho e um arroz branco!!

Para beber optei por colocar um alvarinho no frio, a escolha recaiu num Terras da Aldeia reserva 2010. O vinho foi servido a uma temperatura ideal, perfeita para extrair todos os aromas que a casta alvarinho nos proporciona.
Na boca, mostrou-se um vinho intenso e com profundidade, apesar de na minha opinião ser mais um vinho que pede comida embora ache que fizesse sucesso numa esplanada a namorar com um pôr do sol.

Casa de Midão 2010


Hoje o vinho escolhido foi um alvarinho Casa de Midão 2010.
Um alvarinho maduro, com um aroma pronunciado, intenso, e com delicadeza de fruto, algumas notas de ananás. Nota-se um bocadinho a falta de acidez .

Foi bebido bem gelado e acompanhou um bolo de côco maravilhoso!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Um espumante a não perder.


Hoje provei mais um espumante que me surpreendeu!
Quinta do Regueiro espumante alvarinho 2008!! Este Espumante é produzido exclusivamente da casta Alvarinho, cultivada na sub-região de Melgaço.

Provei o espumante com dois tipos de copos diferentes, ou seja provei o vinho em flute e em copo largo. A prova em copo largo mostrou um vinho aromático, de cor limão, mas devido ao formato do copo ia perdendo a "força", quando o provei em flute, encontrei um espumante vibrante, cheio de força, com Bolha fina e persistente, encorpado, seco (bruto natural), boa acidez e final a fruta onde persistem as características tradicionais da casta alvarinho.
Sem duvida um espumante a não perder.

Cerejas aqui de casa...

terça-feira, 26 de abril de 2011

Francesinhas em Ermesinde


Ontem decidi colocar os pés ao caminho e ir até Ermesinde para jantar, o local escolhido era o Café Torres e o prato iria ser uma francesinha. Telefonei a reservar mesa e a hora marcada lá estávamos prontos a sentar.

O local está bem decorado, mantendo a originalidade dos cafés dos anos 50, se forem lá reparem nas mesas e nas cadeiras. Suponho que este sitio deve ser óptimo para ver futebol, pois nos extremos do café existem duas televisões que permitem que o cliente aprecie um bom espectáculo desportivo.

Pedimos francesinha com ovo e batata frita, coisa que para os mais puristas é quase um sacrilégio, mas como estávamos em período Pascal decidimos arriscar.

A francesinha em si é das melhores que já comi, boas carnes, boa linguiça, nota-se que existe preocupação em escolher os melhores ingredientes, agora o molho é que é muito fraquinho, sem sabor, sem picante, sem sal, sem nada! Mais parecia uma sopinha para velhinhos com as tensões altas.
Para salvar a situação decidimos pedir molho picante e colocamos 2 gotas no molho da francesinha que rapidamente melhorou.

Pedida a conta pagamos 9€ por pessoa a beber cerveja e sem café.


Café Torres
Rua Rodrigues Freitas, 1509 (Junto à estação de ermesinde)
4445-631 Ermesinde
Porto

quinta-feira, 21 de abril de 2011


Mais uma vez volto a dizer que gastronomicamente sou um homem de sorte!
Tenho no meu circulo de amigos grandes cozinheiros e cozinheiras, pessoas fabulosas que brilham ainda mais do que muitas estrelas Michelin.

Desta vez o prato era um frango assado no forno, recheado com uma carne picada envolta num molho de fazer inveja a alguns anjos do céu. O frango, segundo rezam as cronicas, foi para o forno as 3 da tarde para sair de lá novamente as 20h.
Confesso que sempre dava uma dentada naquela carne tenra e suculenta, ficava com a sensação de que estava a pecar, que nesta altura pascal não vinha muito a calhar.



Para beber, eu e a Chef autora do prato, optamos por um tinto do Douro, Tons de Duorum 2009, que fez uma maridagem perfeita com o prato servido.
Para terminar só posso desejar longa vida a esta senhora que me faz cometer o pecado da gula sempre que cozinha de uma forma maravilhosa.
Um grande bem haja!!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O lagar


Todos os anos falava que tinha de experimentar o restaurante o Lagar nos Arcos de Valdevez, e todos os anos mudava de rumo na ultima da hora.
No Sábado decidi que iria lá jantar, telefonei, reservei mesa e arranquei para o vale do Vez.

O restaurante fica no centro da cidade, num antigo lagar de vinho, tem uma decoração castiça de cariz minhota e com mesas corridas a fazer lembrar as "tascas" do antigamente. Funciona também com serviço de balcão para almoços e jantares, o que se entende pois a capacidade da sala é apenas para 25 pessoas.

De entrada foram servidas umas pataniscas, que estavam boas e uns rissóis de carnes que eram fraquinhos, juntamente com as entradas serviram uma fatia de queijo que os apreciadores disseram maravilhas dele. Para terminar as entradas foram servidas umas gambas fritas muito vulgares.

Para jantar pedimos uma espetada mista com batata a murro e legumes!
A espetada estava muito bem confeccionada, o lombo de porco estava tenro e com um tempero fabuloso, a carne de vitela estava mais rija, mas bem apaladada, de certeza que a vitela deve ter mentido na idade, pois já devia ser uma vaquinha velha.

Para beber optamos por um vinho da região recomendado pelo Sr. Abílio, que além de dono é a alma da casa.
Não pedimos sobremesa, depois dos cafés a conta foi de 35€ para duas pessoas e pagamos 7.5€ de vinho , que nos pareceu justíssimo.

O Lagar
R. Dr. Vaz Guedes 45
4970 Arcos De Valdevez
258 516 002

quarta-feira, 13 de abril de 2011

MAGISTRA ( L )

Não sou grande apreciador de aguardentes velhas, gosto da tradicional Adega Velha e de vez em quando beberico CR&F.
Ontem depois de um jantar com os novos vinhos do Esporão, foi-me dado a provar a aguardente velha Magistra, proveniente da única zona demarcada de aguardentes portuguesa, a Lourinhã.
É verdade, Lourinhã juntamente com Cognac e Armagnac formam as únicas zonas demarcadas do mundo para produzir aguardente de alta qualidade.
A Magistra que provei, tinha um aroma brutal, violento , forte... Um aroma capaz de desentupir qualquer nariz constipado, depois na boca deslizava como uma pena em cima de lençóis de seda.
É pena que custe 120€... mas vale.

sábado, 9 de abril de 2011

O pão doce da Pascoa



Pão doce no forno a cozer lentamente.
Fogueira feita na entrada do forno para não deixar que a temperatura desça e para também dar uma cor tostada ao pão doce.


"O Pão Doce de Vila do Conde era tradicionalmente confeccionado, por alturas da Páscoa, nos fornos a lenha das casas agrícolas onde era cozida a broa de milho. Oferecido como Folar aos afilhados que, em Domingo de Aleluia, visitavam os padrinhos, servia também para " pagar" pequenos favores a quem se incomodava durante o ano ou, muito simplesmente, para reconhecer a estima que se nutria por alguém. Noutras alturas, como no Natal e festas de família, a dona da casa sempre fazia uma fornada de Pão Doce." retirado daqui.



Ontem, ou melhor, já hoje de madrugada cozeram-se varias fornadas de pão de doce, eu estive lá a ver e a provar.

segunda-feira, 28 de março de 2011

O peixe galo


Já aqui escrevi sobre o Restaurante Salitre em Vila Chã, confesso que gosto muito do estilo de cozinha, vou lá muitas vezes comer um peixinho ou simplesmente para comer uns petiscos por eles confeccionados.

As minhas 3 ultimas refeições tinham sido peixe, mas nesse dia tinha acordado com vontade de comer um peixe galo, liguei para o restaurante, e fiquei
de sorriso de orelha a orelha quando do outro lado me garantiram o peixe.

O peixe galo foi servido frito, acompanhado com um arroz de tomate, arroz que trazia as milhas do peixe a acompanhar. Um manjar dos Deuses! Uma maravilha!

Para beber levei para prova um Quinta do Regueiro alvarinho-trajadura com a acidez exacta para fazer uma maridagem perfeita com o prato.
Mais uma vez não tive capacidade para comer sobremesa, pedidos os cafés e a respectiva conta pagou-se 40€ (para duas pessoas).

terça-feira, 22 de março de 2011

O rei vai nú...


Era um jantar de convívio!

Um jantar para homenagear uma aniversariante

Um jantar para encontrar pessoas que vemos menos vezes durante o ano, um encontro descontraído com gargalhadas e boa disposição á mistura.

O sítio escolhido foi um restaurante de nome “Pai Ramiro” que segundo consta são uns dissidentes da afamada casa “Aleixo” que é mundialmente famosa pelos seus pratos de polvo.

A sala apesar de estreita estava bem arranjada e acho que ninguém se sentiu apertado.Alem do pão, foi servido como entrada um polvo laminado muito bom, assim como umas pataniscas fofinhas e com algum bacalhau.

Para jantar os pedidos variaram entre a costeleta arouquesa e os filetes de polvo.

Eu comi a costeleta arouquesa, que me foi apresentada já desossada e empratada, como acompanhamento decidiram carregar o prato com batatas fritas á inglesa, que apesar de algumas estarem ligeiramente queimadas, estavam boas. A carne estava saborosa embora estivesse um bocadinho dura.

Não provei os filetes de polvo mas quem provou gostou. O prato trazia um filete de polvo de dimensões generosas, acompanhado com uma salada e um arroz de polvo “albino” ou seja branquinho como a cal. Sempre pensei que casas como esta fizesse o arroz do polvo com a água de cozer o mesmo.

A carta de vinhos, apesar de organizada estava totalmente desactualizada, ou seja vinhos muito velhos e sem qualidades para envelhecer em garrafa. Quando vi um vinho regional Minho de 2005 a ser aberto pensei que iria ser o caos, por sorte o vinho estava bom, embora o estilo não tivesse agradado á maioria das pessoas.

Tentei pedir um vinho equilibrado no preço e na qualidade mas todos os preços eram disparatados, coisas totalmente sem nexo. Lá consegui pedir um vinho do Douro de 2005, que estava bebível. A maioria das pessoas bebeu Crasto 2008 que não constava da carta mas foi sugerido pelo dono do restaurante. Não gostei também do ar trocista do sr., que mandava sempre um boca desajustada sempre que eu pedia uma garrafa de água.

Embora não tenha comido sobremesa, tudo pareceu ter bom aspecto.

Pedidos os cafés e a conta pagou-se 30€ por pessoa o que na minha opinião foi desajustado e muito caro. Para quem já foi "rei e senhor" na casa Aleixo, agora anda em muito baixo de forma.

Pai Ramiro

Porto, Rua Nova de S. Crispim, 286

terça-feira, 15 de março de 2011

Um bom almoço!


Sempre gostei de cabrito grelhado na brasa!
Este não estava mau!

O Tiago fez anos...

A mamã do Tiago fez o Bolo

segunda-feira, 14 de março de 2011

Monte da Raposinha 2009

Não imaginam o quanto eu fico feliz quando provo um vinho que me surpreende!

Por vezes existem vinhos que apesar de serem excelentes, não acrescentam nada de novo ao painel de provas português. Desta vez o vinho em prova foi o Monte da Raposinha tinto 2009 que me deixou de queixo caído! Um vinho Fabuloso.

O Monte da Raposinha reúne as seguintes castas na garrafa Touriga Nacional, Aragonês, Alicante Bouschet, Syrah e Trincadeira, que depois de vinificadas dão origem a um vinho aveludado e cheio de aromas bem vincados. Não se assustem com os 14.5º de álcool!

É um vinho para acompanhar uma refeição de carne vermelha, merece ser mimado com uns bons copos e uma correcta temperatura de serviço.

A experimentar! Sem dúvida!

domingo, 6 de março de 2011

Francesinhas em Gaia



Raramente digo que não a um desafio gastronómico, e então quando é para ir á procura do “santo graal” das francesinhas, transformo-me logo num cavaleiro templário pronto a partir para a terra santa.

O destino desta vez era o Tappas Caffé em Gaia,

ali para os lados do Candal, onde me diziam que eu provavelmente iria comer a melhor francesinha do mundo em forno a lenha. Chegamos ao local e verificamos que existiam pessoas á nossa frente e que o espaço estava á pinha, o que ainda me elevou mais as expectativas e fez-me crescer mais água na boca. Fomos recebidos pela gerência que muito simpaticamente nos pediu para aguardar, aguardamos cerca de 30 minutos.





Mesinha pronta!

Na mesa fomos recebidos por uma salsicha envolta num molho delicioso e por um pãozinho fatiado que acompanhava na perfeição, mas pedia um copo de cerveja fresca. Foi-nos sugerido beber uma “leiteira”, uma caneca de alumínio gelada com cerveja de pressão lá dentro, apesar de eu da próxima vez que lá for querer experimentar com uma Heineken.


Foi-nos servida uma francesinha “especial com ovo” que estava óptima, embora na minha opinião o pão devesse estar mais crocante, pois com o molho e com a abundância de queijo, o pão parece que se transformou numa papa. Os ingredientes eram de boa qualidade, assim como o serviço e a apresentação do prato em si!

Sem duvida um sitio a ir!

Sem sobremesa pedimos a conta e pagamos 17€ pessoa, o que na minha opinião é um bocadinho caro para quem come francesinhas, mas se tivermos em conta que cada “leiteira de cerveja” custa 2.2€ e foram pedias quatro…

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O vinho acompanha bem o quê?

Por vezes os usos e costumes obrigam-nos a beber certos vinhos com determinadas “comidas”! Eu chamo a isso uma ditadura gastronómica que é preciso acabar de vez.
As pessoas têm de se mentalizar que o melhor vinho do mundo é aquele que nos sabe bem em determinada situação, passo a explicar:

- Por vezes peço um prato de carne e o Sr. do restaurante apressa-se logo a recomendar um tinto… tudo bem que ele está a fazer o seu trabalho, está a sugerir segundo aquilo que é usual acontecer, mas se ele sugerisse um alvarinho fermentado em madeira ou mesmo um dão com alguma idade, será que o prato de carne iria perder protagonismo? Será que o protagonismo iria todo para o vinho? Ou iríamos ter uma boa maridagem?

Existem outras situações onde o cliente pede um arroz de marisco, pede um vinho branco de nome e a seguir recomenda o empregado para que o prato seja bem picante… nestes casos e na minha opinião mais vale beber agua ou cerveja, pois com a boca a arder não se vai conseguir extrair nenhuma das qualidades do vinho.

Os clientes devem beber aquilo que gostam, mas por vezes para mostrar que se é bem sucedido na vida cometem-se certos desvarios que só satisfazem quem vende o vinho.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Os vinhos nos restaurantes

Sempre fui da opinião que sempre que a carta de vinhos do restaurante for de preços exagerados, nós como clientes devemos pedir sempre outra bebida qualquer, nem que seja coca-cola ou cerveja.

Tudo bem que os restaurantes têm de fazer investimentos nos copos, é preciso pagar aos funcionários e por vezes o vinho não “roda” da forma desejada e por vezes transforma-se num “mono” na garrafeira do restaurante. Ou por vezes as pessoas aparecem já com o gosto formatado e só sabem pedir “muralhas” ou “monte velho”, as vezes ainda variam pelos vinhos da Aveleda ou da Sogrape mas nem sequer se dão ao trabalho de ler a carta e ver se existem coisas novas ou mais atraentes. Será que têm medo das novidades? Será que se sentem felizes em conhecer apenas 3 ou 4 tipos de vinhos?

Existem alguns “donos” de restaurante que pensam que as pessoas não estão por dentro dos preços de mercado e cobram pequenas “fortunas” por vinhos básicos e corriqueiros o objectivo é ganhar tudo de uma vez só, será que ainda não perceberam que se o vinho for acessível as pessoas bebem mais um bocadinho, se estiverem um grupo em vez de pedirem 2 garrafas podem pedir 3 ou 4? Ou até mesmo pedir vinhos diferentes para as entradas e para a refeição.

Certa vez num restaurante italiano bem famoso aqui no burgo, o “dono” do dito começou a gabar a sua garrafeira e a fazer-me sugestões, eu comecei a ler a carta de vinhos e encontrei um vinho que num supermercado custa 3€ a ser vendido por 15€… claro que demonstrei o meu descontentamento e pedi coca-cola, e a partir dessa data nunca mais bebi vinho nesse restaurante.

É preciso que os “donos dos restaurantes” se tornem empresários hoteleiros, que saibam analisar o mercado, que saibam mudar a carta regularmente para terem sempre novidades e que acima de tudo sejam honestos nos preços, não sou radical como algumas pessoas que dizem que os restaurantes só deviam cobrar 10% de margem, pois nem abrir uma garrafa de vinho sabem. Pode ser que com a vulgarização do vinho a copo as coisas mudem, mas já me aconteceu num bar da moda, pagar por um copo de vinho o preço da garrafa. Assim não vamos lá.